Olá a todos! Desculpem não ter escrito na semana passada mas voltei em força com este artigo sobre a saúde mental.
Hoje trago-vos um tema que me deixou de queixo caído enquanto ouvia o último episódio do podcast do Huberman Lab, com o Dr. Chris Palmer. O título? Transform Your Mental Health With Diet & Lifestyle. Sim, leram bem: a vossa dieta pode ser uma super-heroína (ou super-herói, vá) na batalha pela saúde mental! E, para tornar tudo ainda mais interessante, as mitocôndrias – essas pequenas centrais energéticas das nossas células – são as estrelas do espetáculo. Vamos mergulhar neste tema com um toque de humor, porque, convenhamos, falar de saúde mental e dieta sem um sorriso é como comer brócolos sem tempero: dá para fazer, mas não é a mesma coisa!
A Ligação Surpreendente Entre Saúde Mental e Dieta
Se alguma vez pensaram que a saúde mental é só uma questão de “pensar positivo” ou de tomar uns comprimidos, preparem-se para uma reviravolta. O Dr. Chris Palmer, um psiquiatra da Harvard Medical School com um currículo que deixa qualquer um com inveja, explica que a saúde mental está profundamente ligada à saúde metabólica. E o que é isso, perguntam vocês? Basicamente, é o modo como o nosso corpo – e, em particular, as nossas mitocôndrias – processa energia. Se as mitocôndrias estão a fazer birra, a nossa mente pode seguir pelo mesmo caminho.
Por outras palavras, o que pomos no prato não afeta só a nossa cintura, mas também o nosso humor, a nossa concentração e até a forma como lidamos com o stress. Quem diria que um prato de vegetais coloridos poderia ser mais eficaz do que uma sessão de meditação forçada às 6 da manhã? (Embora, vá, meditar também não faz mal a ninguém e até ajuda.)
Mitocôndrias: As Pequenas Heroínas da Saúde Mental
Vamos falar destas mitocôndrias, porque elas merecem um Óscar. São como as pilhas Duracell das nossas células: produzem energia para tudo, desde correr uma maratona até tentar lembrar onde deixámos as chaves do carro. O Dr. Palmer explica que, quando as mitocôndrias estão em baixo de forma – devido a má alimentação, stress crónico ou falta de sono –, podem contribuir para problemas como depressão, ansiedade, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) e até doenças mais graves, como esquizofrenia.
E agora a parte mais interessante: a dieta pode dar um boost às mitocôndrias. Alimentos ricos em nutrientes, como vegetais, frutas, gorduras saudáveis e proteínas de qualidade, são como um upgrade para estas centrais energéticas. Por outro lado, enfardar doces e alimentos ultraprocessados é como pedir às mitocôndrias para trabalharem com uma bateria descarregada.
Como a Dieta Pode Transformar a Saúde Mental
Então, o que devemos comer para manter as mitocôndrias felizes e a mente no ponto? O Dr. Palmer não é adepto de dietas milagrosas (ufa, menos uma moda para seguir!), mas destaca algumas estratégias baseadas na ciência. Aqui vão elas, com um toque de leveza para não vos assustar:
1. Reduzir os Ultraprocessados
Alimentos ultraprocessados – aqueles pacotes coloridos que parecem gritar “come-me!” no supermercado – são os vilões desta história. Bolachas, batatas fritas e refrigerantes podem ser deliciosos, mas estão cheios de açúcares e gorduras que deixam as mitocôndrias deprimidas. O Dr. Palmer sugere trocá-los por opções mais naturais, como frutos secos, vegetais ou até um pedaço de chocolate negro (sim, há esperança!).
Porquê? Porque os ultraprocessados causam picos de açúcar no sangue, inflamação e stress oxidativo, que são como kryptonite para as mitocôndrias. E, se as mitocôndrias estão mal, a nossa saúde mental pode ir atrás.
2. Apostar em Gorduras Saudáveis
Gorduras boas, como as do azeite, abacate, peixes gordos (olá, salmão!) e frutos secos, são ótimos para o cérebro. Elas ajudam a construir membranas celulares saudáveis e a manter as mitocôndrias a funcionar como um relógio suíço. Além disso, quem resiste a um prato de guacamole caseiro? É praticamente terapia em forma de comida.
3. Vegetais, Vegetais e Mais Vegetais
Se as mitocôndrias tivessem uma lista de desejos, os vegetais estariam no topo. Brócolos, espinafres, couve-flor – todos eles estão carregados de vitaminas, minerais e antioxidantes que protegem as mitocôndrias do stress. E, vá, se não são fãs de vegetais, experimentem misturá-los num batido com fruta. Prometo que não vão sentir sabor a relva!
4. Proteínas de Qualidade
As proteínas, sejam de origem animal (como ovos ou frango) ou vegetal (como lentilhas e grão-de-bico), são essenciais para reparar e construir células. E, como as mitocôndrias vivem dentro das células, elas agradecem um bom aporte de proteínas. Além disso, proteínas ajudam a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis, o que evita aqueles momentos em que queremos gritar com o mundo por causa de uma quebra de energia.

O Papel do Exercício e do Sono
Embora a dieta seja a estrela, o Dr. Palmer não se esquece de outros pilares da saúde mental. O exercício físico, por exemplo, é como uma sessão de spa para as mitocôndrias. Não precisam de correr uma maratona – uma caminhada rápida, uma aula de yoga ou até dançar na sala ao som da vossa música favorita já faz milagres. O movimento aumenta a produção de mitocôndrias novas e melhora a sua eficiência. Quem diria que abanar o esqueleto podia ser tão bom para a cabeça?
E o sono? Bem, já sabem que sou fã de uma boa sesta (ou pelo menos de uma noite bem dormida). Durante o sono, o corpo repara as mitocôndrias e elimina toxinas do cérebro. Sem ele, é como tentar carregar o telemóvel com um carregador estragado – simplesmente não funciona. O Dr. Palmer reforça que 7 a 8 horas de sono de qualidade são inegociáveis para a saúde mental.
Suplementos: Um Pequeno Empurrão
O Dr. Palmer também toca no tema dos suplementos, mas com cautela. Nada de sair a comprar tudo o que está na prateleira da farmácia! Ele destaca alguns que podem apoiar as mitocôndrias, como:
- Creatina: Não é só para quem quer ficar com maiores músculos. A creatina ajuda as mitocôndrias a produzir energia, o que pode melhorar o humor e a concentração.
- Vitaminas do complexo B: Essenciais para o metabolismo energético. Se a vossa dieta é pobre em alimentos como ovos ou vegetais verdes, um suplemento pode ser útil.
- Urolitina A: Um composto menos conhecido, mas que parece dar uma mãozinha às mitocôndrias, especialmente à medida que envelhecemos.
No entanto, ele lembra que os suplementos não substituem uma boa dieta. São como o coro numa música – ajudam, mas a melodia principal vem do que comem.
A Saúde Mental Não É Só o Cérebro
Uma das ideias mais poderosas do episódio é que a saúde mental não é só uma questão de “cabeça”. Está ligada ao corpo todo – ao intestino, ao fígado, aos músculos. Por isso, cuidar do corpo com uma dieta equilibrada, exercício e sono é como dar um presente à vossa mente. E, sejamos honestos, todos nós merecemos esse mimo, certo?
Além disso, o Dr. Palmer reforça que pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença. Não é preciso virar vegano, fazer jejum intermitente ou correr 10 km por dia (a menos que queiram, claro). Começar por trocar os snacks cheios de açúcar por uma peça de fruta ou caminhar 15 minutos por dia já é meio caminho andado.
Como Colocar Isto em Prática?
Se estão a pensar “ok, fixe, mas por onde começo?”, aqui vão algumas dicas práticas, inspiradas no podcast e com um toque de bom humor:
- Façam as pazes com os vegetais. Não precisam de os amar à primeira, mas experimentem adicioná-los a pratos que já gostam. Um salteado com brócolos e molho de soja? É quase como comer take-away, mas mais saudável.
- Planeiem as refeições. Passar 10 minutos no domingo a decidir o que vão comer durante a semana evita aqueles momentos de “vou pedir uma pizza porque não sei o que fazer”.
- Mexam-se um bocadinho todos os dias. Se o ginásio não é a vossa praia, ponham uma música animada e dancem como se ninguém estivesse a ver.
- Durmam como reis. Criem uma rotina noturna relaxante – um chá, um livro, luzes suaves. O vosso cérebro vai agradecer.
Conclusão: A Dieta Como Aliada da Saúde Mental
O episódio com o Dr. Chris Palmer é um lembrete poderoso de que a saúde mental não é um mistério indecifrável. Com uma dieta rica em nutrientes, um pouco de movimento e sono de qualidade, podemos dar às nossas mitocôndrias – e à nossa mente – o carinho que merecem. E o melhor? Não precisamos de virar a vida do avesso. Pequenos passos, como escolher uma maçã em vez de uma bolacha ou dar uma volta ao quarteirão, já fazem a diferença.
Então, da próxima vez que estiverem a escolher o que comer, pensem nas vossas mitocôndrias. Elas podem ser pequenas, mas têm um impacto gigante na forma como se sentem. E, quem sabe, talvez um prato de salmão com espinafres vos deixe com um sorriso de orelha a orelha!
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Até logo e durmam bem! 😴